sexta-feira, 19 de outubro de 2012



 
               


O CENÁRIO POLÍTICO DE JARDIM DO SERIDÓ/RN
Vista aérea da cidade

Jardim do Seridó, situada na Microrregião do Seridó Oriental e Mesorregião Central Potiguar, Estado do Rio Grande do Norte, Brasil, comporta uma realidade política que, desde alguns anos, passa por transformações, em virtude do contingente de eleitores estar, a cada dia, se manifestando de forma cada vez mais heterogênea. Traçar o perfil do seu eleitorado, perante as mudanças verificadas no seu quadro social não é tarefa das mais simples. No entanto, pode-se perceber, num relance, através dos movimentos e dos posicionamentos dos munícipes, que a antiga credibilidade atribuída aos governantes do poder público já não goza do mesmo respaldo.
O cidadão quer se promover, tanto quanto os seus gestores e, nesse contexto, chega-se a perceber níveis de atitude tão divergentes quanto as posturas assumidas pela mentalidade popular. A decepção das massas perante as atitudes que regem os poderes dominantes é o grande fator responsável pela evasão dos direitos e, consequentemente, das esperanças num futuro melhor.
Em outras palavras, se, por um lado, o protecionismo paternalista do passado não mais encontra ressonância nos anseios da população, por outro lado, as ideologias partidárias já se encontram bastante enfraquecidas, pelo descrédito que assola, desde os mais altos escalões da política, em nível nacional, até o contexto municipal das prefeituras.
O mau desempenho nos mandatos tem implantado a dúvida, o descrédito, a proliferação das demagogias, de tal modo que, no desenrolar da realidade política, resta ao cidadão, muitas vezes, unicamente aceitar o seu quinhão de favor, por quatro anos de desmando, ou seja, de desrespeito ao que, um dia, já esteve impresso na mente das pessoas como um sonho, um ideal, ou o que mais se deseje, em termos de confiança num futuro melhor para os seus filhos e os filhos dos filhos: O futuro nas mãos de um governante.
Diante do panorama das oligarquias, dos conchavos e dos acertos dissimulados, atuantes na prática das licitações, o próprio conceito de política assume sentidos por demais diversificados, gerando um padrão de pensamento tão deturpado que propõe, num mesmo patamar ético, o lícito e o ilícito.
Desse modo, torna-se impossível focar o olhar para uma realidade particularizada, desconsiderando a conjuntura de miséria, tão mal disfarçada, principalmente porque o próprio poder já delegou sua supremacia a tantas facções que, o que se poderia chamar de democracia não passa de uma ilusão compartilhada, nos moldes de um big brother.
Surgem, então os questionamentos: Como depositar esperanças nas propostas que, para ludibriarem do melhor modo, já pertencem à agenda dos marqueteiros, munidos do melhor photoshop e de todos os artifícios postos para transformar o pleito num lance de sedução?
De que modo a população poderia ter acesso à transparência nas gestões, se a própria linguagem jurídica que, muitas vezes, defende as suas improbidades, está apontada para níveis de entendimento que escapa à ótica do cidadão mais comum?
Neste cenário, o cinismo é o fator comum que governa e, como medida de retorno, torna-se uma arma de desagrado na mão daqueles que comparecem às urnas eletrônicas; um poder de resposta pautado na mesma atitude que lhes desampara, revelado em resultados antagônicos, conduzidos pela compra e venda do voto.
A solução para este quadro de terrível desolação estaria mesmo na mão de um mero cidadão comum?
Quem, dentre os governantes, seria capaz de se comprometer com as diferentes camadas sociais, nos moldes do discurso do Imperador Romano Carlos Magno? Que programa político resistiria perante as suas propostas?
Para repousar a mente numa breve pausa, contemplemos este complexo pano de fundo, onde a verdade já não trilha o mesmo caminho, desde que as emendas políticas abriram todas as fendas possíveis da linguagem para a defesa dos réus e assim, por ordem de um “consenso”, cada peça desempenha o seu movimento neste imenso “tabuleiro de xadrez”, em que as estratégias se auto justificam a partir de golpes e mais golpes, por uma mera falta de consciência a longo prazo.
Jardim do Seridó, portanto, encontra-se permeada, em seu cenário político, por todas as mazelas comuns à crise gerada pela negação dos valores passados geração após geração, valores esses que foram diluídos, ou, por que não dizer, triturados pela vulgaridade veiculada através de uma mídia perversa e desestruturante, apesar de toda a sua pseudo pós modernidade.
É através de todo esse arcabouço, utilizado pelos meios de comunicação de massa, que se assiste, dia após dia, a perda da identidade, nos mais variados níveis: Moral, social, familiar e, enfim, individual.
Nesse contexto desolador, analisado de modo tão aparentemente pessimista, os nossos referenciais mais caros estão fatalmente comprometidos, fadados a desaparecer nessa tremenda corrente materialista que instrumentaliza, impiedosamente, a pessoa humana, reduzindo-a à condição de um mero objeto: um número a mais, ou a menos, nas urnas.
Eis aí o fator comum presente em todos os cenários políticos da nossa contemporaneidade nacional, dos quais Jardim do Seridó não pode prescindir. Afinal de contas, é a história dos paradigmas políticos do Brasil, não da Finlândia.
                            Bartolomeu dos Anjos Sales 16/17 de Outubro de 2012.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

RESPONDENDO À MENSAGEM “Para que serve uma relação” (de autoria do Drauzio Varela)

__Então já sei que eu sou, no mínimo, um ET, pois não consigo conceber nenhuma das razões apontadas pelo Drauzio no intuito de justificar uma relação. Estar sozinho é algo para ser apreciado; não falo de uma solidão estéril, que é aquela na qual não flui o potencial do indivíduo, sendo algo apenas circunstancial, quando não se teve a oportunidade para escolher estar sozinho. Aliás, há uma grande diferença entre ser e estar sozinho(a)...
A maioria das relações apresenta caracteres tão neuróticos que se transformam, muitas vezes, em uma grande perda de tempo, de energia e de privacidade. É um cobrando constantemente do outro o que não tem nem mesmo para si próprio e, portanto, desgastando-se mutuamente, perdendo a grande oportunidade de exercitar o autoconhecimento para se "resolver" como pessoa, antes de se projetar no semelhante.
É claro que existem relações saudáveis sob todos os pontos de vista, apesar da incompletude humana. Porém, viver a dois não deveria jamais ter se tornado um imperativo cultural, como se fosse essa a única forma de ser feliz...Um costume a ser copiado, imitado, demonstrado. É preciso emancipar-se! Ser dono de si, vencer o próprio egoísmo, ou seja, COMPREENDER-SE, primeiramente, para poder reconhecer-se no próximo (interesses à parte) e, a partir daí, amá-lo como a si mesmo, com toda a responsabilidade que isso implica.
Duvido que, depois se ter mergulhado corajosamente na própria complexidade, possa ainda parecer sensato a alguém tentar construir sua vida sob paradigmas tão frágeis como esse do “SONHO A DOIS”.
Creio que aquilo que está por trás de muitos idílios românticos é, unicamente, o medo de ficar sozinho. Isto, sim, é um grande problema que revela o vazio interior da maioria das pessoas. Gosto de falar sobre este assunto, porque tenho assistido a muitos dramas dessa natureza. Sei que não é o seu caso, mas, se observar bem, verá que as pessoas preferem tentar complementar-se de modo totalmente equivocado. Daí resulta uma espécie de vampirismo a que muitos chamam de amor.
Como se pode amar alguém antes de amar a si mesmo? Isso pode até ter rendido muitas letras de bolero, no passado, (... siendo el cautivo de los caprichos de tu corazòn...) mas a verdadeira felicidade tem passado bem longe de todas as vítimas desse barco furado.
Perdoem a expressão, mas tamanha ingenuidade não lhe cai bem...

bartho.anjos@hotmail.com

(a seguir, leia a mensagem)


PARA QUE SERVE UMA RELAÇÃO?

Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado.
Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio sem que nenhum dos dois se incomode com isso.
Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e quase sempre, estimular você a ser do jeito que é,de cara lavada e bonita a seu modo.
Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.
Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro quando o cobertor cair.
Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.
Se entendêssemos assim, não haveria tantas pessoas sozinhas....
Drauzio

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Aos amigos leitores
Eis aqui um espaço aberto a todos aqueles que buscam uma intimidade maior com a Verdade (Verdade aqui no sentido de autenticidade). E ninguém melhor para denominá-lo como referência do que Aquele que afirmou de Si próprio: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida: Jeshua, Jesus, em sua língua- pátria.
É um espaço polêmico Sim! E nele serão bemvindas questões de cunho Moral (sem puritanismo) e Espiritual (sem mistificações ou fetichismos). Portanto, espero as contribuições que venham enriquecê-lo, o que poderá também se traduzir em forma de valiosas sugestões e críticas.
Caminhemos com Ele!
Um abraço!
bartho.anjos@hotmail.com

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

MAIS ALGUMA PEDRA?

Alguém que se identifica como Sérgio Rocha teve, como tantos outros, a infeliz idéia de tentar, “de próprio punho”, denegrir, ou melhor, destruir a imagem da Religião Católica, pelo seu posicionamento em relação ao caso da menina de nove anos, grávida de gêmeos. Recebi via e-mail aquele deplorável texto e afirmo, seguramente, que não se trata de algo que mereça ser divulgado no tablóide mais sujo, muito menos via Internet. Ao Serginho, porém, e a todos aqueles que adoram atirar pedras na Santa Madre Igreja, seguem alguns lembretes:

Em primeiro lugar, quem é Sérgio Rocha?!?!?! Que competência possui esse rapaz para julgar um sistema doutrinário de mais de dois mil anos de história, que atravessou todos os períodos evolutivos da sociedade dentro desse espaço de tempo e que, enquanto religião, carrega o peso dessa mesma história, não como culpada, mas como herdeira da conduta humana, o que competiria a qualquer outro sistema de crenças que não tivesse tido o privilégio de encontrar tudo pronto?... Repito, qualquer religião que tivesse percorrido tão longa trajetória, atravessando contextos tão bárbaros e tão peculiares às sociedades humanas teria que se deparar com as mesmas distorções, pois é o ser humano que está em pauta e não a história por si mesma. O passado, meu caro, é tão somente uma referência quando se deseja medir o grau de evolução do Homem, e não uma obra-prima que mereça ser eternizada. Se assim o fosse, toda a Humanidade estaria condenada por seus próprios erros. E SERÁ QUE NÃO HÁ NELA NADA QUE MEREÇA SER LOUVADO? Assim sendo, deixemos a Deus o julgamento! A ninguém cabe o direito de tentar destruir aquilo que não se teve o menor trabalho para erguer. No caso em apreço, portanto, o seu veredicto é, na melhor das hipóteses, insuficiente. – Mais alguma “pedra”?
Em segundo lugar, que conhecimento, em nível de teologia ou mesmo de ética, possui esse mesmo rapaz para questionar, de forma tão precipitada, uma situação desse nível de complexidade? Falta a Sérgio Rocha, no mínimo, responsabilidade e conhecimento. A sua ânsia em divulgar aspectos sórdidos da vida intima de alguns papas, havendo, ou não provas convincentes para isso, não alivia em nada as necessidades da menina de nove anos de idade, em seu contexto de desamparo perante os desatinos decorrentes de sua situação familiar. Logo, esse MENINO não contribuiu com absolutamente nada, de forma relevante, para o desfecho dessa questão. Portanto, mais uma vez convém perguntar: QUEM É SÉRGIO ROCHA? Ou ainda: QUE TIPO DE DOSSIÊ O MESMO FARIA DE SI PRÓPRIO?
Sim, porque, expressando-se desse modo, não vejo nele o menor indício de competência para julgar sequer uma briga de botequim, muito menos a IGREJA CATÓLICA.
Esse comentário se faz extensivo, ainda, a todos os “espíritas de lavanderia” (aqueles que aprontam o diabo durante toda a semana e, na sexta-feira, correm para o centro só para tomarem o passe e se “lavarem” dos “carregos”), não honrando assim a sua religião, que, em seu caráter doutrinário, é tão séria e merecedora também do nosso respeito. Supersticiosos de carteirinha que adoram dar suas pauladas, de vez em quando, mas não estão comprometidos de forma alguma com o Reino de Deus, chegando mesmo a se iludirem de que bastam algumas obras de caridade para merecê-lo. Esses não são espíritas no autêntico sentido da palavra.
Sem falar nos pseudojuízes que se dizem evangélicos, sempre com o dedinho em riste, apontando o caminho do inferno para o catolicismo e para todos aqueles que não fazem parte de sua “tribo” ou do seu “partido” (Não me refiro a todos, pois estaria sendo injusto. Conheço evangélicos de verdade e a esses tiro o chapéu, porque também com eles eu aprendo). Mas, àqueles eu digo: Aprendam com o Mestre a serem mansos e humildes de coração, deixando também a Ele o julgamento, pois, até mesmo no último instante, somente a Jesus cabe abrir, ou não, as portas do paraíso.
Gente, a Igreja Católica vai continuar honrando a sua missão profética, a despeito de qualquer conduta desregrada, seja de quem for, dentro ou fora dela, no passado, no presente, ou no futuro, mesmo que para isso a porta se estreite a ponto de apenas alguns pouquíssimos fiéis aceitarem as suas condições para permanecerem na fé. É o Senhor Deus que quer assim. Se alguém deseja abolir esse ou aquele item da Sua Lei, ou se justificar perante os erros de outrem, melhor seria que escrevesse sua própria bíblia.
Quanto ao livre-arbítrio, cada um permaneça com o seu. Apenas não espere colher uvas dos espinheiros que plantar: a responsabilidade é sua! FELIZ PÁSCOA PARA TODOS!!! Mas, ainda uma última questão se faz pertinente: SERÁ QUE A SANTA IGREJA CATÓLICA TERIA RESISTIDO A TANTOS ATAQUES, AO LONGO DOS SEUS MAIS DE DOIS MIL ANOS DE HISTÓRIA, SE NÃO FOSSE DE FATO UMA INSTITUIÇÃO DIVINA? VALE A PENA REFLETIR! DEUS SEJA LOUVADO!!!

Jardim do Seridó-RN, 21 de março de 2009.

bartho.anjos@hotmail.com

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Jeshuá
Padre Zezinho
Ieshuá, Ieshuá CatalogaramJesus, catalogaram JesusPor não andar na direita, na esquerda Ou no centro ouna situaçãoPor não falar como essênios Zelota ou governo nemoposiçãoE por não ser fariseu E por não ser saduceuClassificaram Jesus Como herege blasfemo Inimigo eperigo mortal pra nação Desafiaram Jesus, desafiaramJesusPorque fazia milagres em dias errados E sem permissão
Por aliar-se aos pequenos Sem ser alinhado e nem terposiçãoE por não ser doutor Por falar tanto de amorClassificaram Jesus como um alienado Impostor renegadosem classe ou padrãoE condenaram Jesus e condenaram JesusPorque falava de um reino De fraternidade, igualdade,uniãoPorque trazia consigo Perigo de um golpe ou dainsurreiçãoE por dizer que chegou Porque foi Deus quem mandouAssassinaram Jesus numa cruz Entre preces e salmos ecantos De libertaçãoAcompanharam Jesus, AcompanharamJesus Pobres e cegos e surdos e coxos e mudosE até oficiais Gente sofrida e oprimidaPor gente que tinha ou mandava demaisE por ser filho de Deus E pelo reino dos céusTestemunharam Jesus E com ele enfrentaram As dores da cruz, mas acharam a pazTestemunharam Jesus E com ele enfrentaram As dores dacruz, mas acharam a paz
AOS SÁBIOS E ENTENDIDOS
(Após uma leitura interpretativa sobre o Milagre da Multiplicação dos Pães)

Na qualidade de leigo (porém não burro), gostaria de obter algum esclarecimento sobre este questionamento que estou enviando em anexo, porque às vezes não sei direito se estou vivendo neste século ou não, ou seja, a religião tem se “modernizado” tanto, que parece fugir ao essencial que nos foi ensinado há tanto tempo... Desculpem pelo teor possivelmente irônico das minhas palavras, mas, se quero permanecer na Igreja Católica Apostólica Romana, não vejo por que me esconder perante as autoridades eclesiásticas e seus cânones, por medo dos seus julgamentos... É que, às vezes, tudo parece muito mais esotérico do que se pode supor, nesse contexto litúrgico pós-moderno...O que contradiz as posturas demasiado racionalistas de alguns intérpretes... Mas, afinal, seríamos mesmo tão ingênuos quanto nos tentam fazer?
Obrigado por qualquer esclarecimento que possa de fato me satisfazer!

Será que, segundo a exegese bíblica cristã, existiu algo de factual nos milagres de Jesus? Ou tudo não passa de metáfora? Sim, porque quando cada fato mencionado nos Evangelhos fere as meras leis da física, os exegetas "cristãos" tratam logo de diluir tudo em explicações de caráter simbólico. Enfim, no que é que, de fato, a nossa tão amada Igreja acredita, além da sua promoção social crescentemente tendenciosa?
Desculpem, eu amo a Jesus e à Sua palavra, mas, às vezes, as posturas eclesiais da nossa Igreja me irritam profundamente, principalmente pelo seu grau de manipulação das mentes dos assim chamados “leigos”, tentando sempre subestimar a nossa percepção... Porém, quando se trata de "canonizar" para fins "proselitistas", tudo é válido para vocês, ou seja, os milagres de cada servo “fiel da Igreja Católica” são incontestáveis, na íntegra... Por que então os do Mestre não? Se vocês realmente acreditam na Providência Divina, por favor, respeitem-na. Não dá para dialogar com togas e aparatos teatrais. Queremos Verdade! Se não é razoável admitir o poder de Jesus nos fatos que concernem à sua passagem terrena, como querem que acreditemos na transubstanciação do pão e do vinho? Por favor, respeitem a nossa condição...
É claro que, durante a leitura dos textos bíblicos, ou de quaisquer outros textos de caráter sagrado, há de se compreender determinados contextos, para se fazerem as devidas ressalvas, como também considerar toda a problemática lingüística inerente a cada cultura, evitando assim que se recaia no fundamentalismo por meio de interpretações literais; porém, há certas evidências muito bem estampadas nas Sagradas Escrituras que nos mostram, de fato, que Jesus é todo poderoso. Entretanto, o que fica mais evidente é que isso fere o racionalismo do clero, quando, pela fé, somos convocados a admitir possibilidades realmente prodigiosas em relação às atitudes do Mestre. E, apesar disso, a Igreja não fornece dados mais consoladores para se suportar com fé o panorama existencial que vem se arrastando até este século.
Tudo então não passa de uma dinâmica litúrgica? Para que? Se assim o for, cuidado para não perderem terreno, já não digo em relação a outras religiões ou movimentos gnósticos, POIS ISSO TEM SIDO INEVITÁVEL, mas para a própria ciência (a física quântica, por exemplo) que, a cada dia, torna mais evidente à percepção de quem realmente deseja enxergar, que poderes fantásticos existem no Universo... Poderes que dão provas de si mesmos, até no próprio desenvolvimento das tecnologias de ponta, utilizadas freqüentemente de modo tão banal... (Faz-se pertinente aqui uma vasta discussão que não caberia neste espaço)
E aí, gente, não estaria na hora de se proceder a uma releitura apostólica mais condizente com a percepção “leiga”? Não bastam as incoerências humanas tão plausíveis de ocorrerem também por parte dos acadêmicos da fé? (fé em que, afinal, se tudo é passível de censura perante essa hermenêutica muito mais comprometida com o materialismo acadêmico secular do que com qualquer outra coisa?) O que pretendem fazer? Taxar a pessoas como eu de hereges? Outra vez essa mesma dinâmica de inquisição ideológica, logo após a grande dominação religiosa que ensinou a mesma “pieguice” da qual agora pretende se envergonhar?
__ Jesus matou a fome de uma população do seu tempo não só com palavras, mas com atos concretos, inclusive com o pão multiplicado no deserto SIM! E ELE pode muito mais do que isso!
Asseguro-lhes que, se querem matar a “fome” (em qualquer sentido) das camadas sociais contemporâneas a este pós-modernismo litúrgico, dêem-lhes de “comer” algo de mais substancial e verdadeiro (mesmo que seja só com palavras) em matéria de amor ao próximo, acima das convenções sociais e religiosas tão inoperantes diante das problemáticas atuais, e vocês verão o florescimento de uma fé mais viva e menos aparente. Respeitem a nossa ignorância!?!? Somos rebanho sim, mas de gente!!

bartho.anjos @hotmail.com
AO DISCÍPULO DE CRISTO

Em resposta a alguém que, sob a alcunha de “discípulo de Cristo”, aconselhou-me, após longa argumentação, sob encomenda, a procurar uma Igreja Evangélica Prezado Discípulo de Cristo, Antes de qualquer outra iniciativa, muito obrigado pela palavra que me enviaste! Em seguida, gostaria de afirmar que sou também discípulo de Cristo, embora isto não me impeça de dialogar com pessoas de outras religiões, respeitando suas heranças culturais, bem como suas experiências em relação ao Sagrado, sob quaisquer formas, desde que não venham ferir o ensinamento essencial do Filho de Deus: O Amor a Deus e ao próximo... E isto, evidentemente,torna inconcebível a tentativa de enquadrar o Senhor do Universo (que é tão vasto, por sinal, e cheio de moradas) numa padronização elitista ou patriótica demais, para não dizer "bairrista", como tem ocorrido por parte de algumas facções mais judaicas do que mesmo cristãs, fundamentalistas ao extremo.
É contraditório, não? Querer restringir a visão alheia, utilizando-se de dogmas "separatistas", no intuito de falar d'Aquele que criou uma tão rica diversidade de seres... a vida está aí para provar, em sua própria complexidade, a infinita conexão entre tudo o que existe, amigo! E, por mais que se tente trabalhar em prol de um sistema "depurador de crenças", nenhum mérito teremos a colher, se o que fizermos não o fizermos por amor ao próximo, de qualquer raça, língua, credo ou herança cultural, o que exige de nós um completo desprendimento em relação às normas rígidas tão aclamadas pelos fariseus de todos os tempos...
Logo, se fazemos acepção, estamos contrariando diretamente Aquele que pôs em primeiro plano o Amor, a misericórdia, a compaixão, e que não demonstrou o menor indício de fidelidade aos preceitos dos homens: a construção de um perfil social coerente com as aparências...Muito pelo contrário, conversava com todos, indistintamente, sem tentar forçá-los a assumir posturas...
Jesus veio desarmado, mas as religiões "oficiais" não cessam de ranger os dentes...E o que é pior, usando as palavras do Mestre, não para unificar, mas para dividir. __ Não é preciso ter medo de Astrologia, de adivinhações, ou seja do que for. Sim, onde há preconceito há medo...E não foram as religiões pagãs, nem seus ídolos, nem suas crenças que mataram o Filho de Deus.Foi a religião oficial de Seu tempo, com seus sacerdotes tão cheios de si, aliados ao igualmente arrogante Império Romano... e o Sr., que se diz discípulo de Cristo, vem tentar estender esse colonialismo perverso a mim, que O amo tanto, apesar de reconhecer que sou um grande pecador?
Tenhamos mais paciência e procuremos ponderar o nosso inútil julgamento em relação ao destino da alma humana. Se Deus fosse tão radical quanto alguns sacerdotes, pastores e rabinos, teria escondido dos magos a Estrela de Belém...e muito menos teria ordenado a Moisés que erigisse sobre um mastro uma serpente de bronze, para que todo aquele que, naquele contexto histórico, se visse picado por serpentes do deserto, ao olhar para aquela escultura ficaria curado... Ah, sim, antes que eu me esqueça: Jesus conversou, na presença de três de seus discípulos, no Monte Tabor, com Moisés e Elias (antepassados), enquanto se transfigurou diante dos que O viram naquele instante...portanto, nem toda aparição é coisa do demônio, e nem tampouco o Filho de Deus teria a menor necessidade de recorrer a um estratagema do tipo sugestão ou ilusão de ótica para convencer ninguém a respeito das realidades do espírito...não é preciso decorar capítulo nem versículo. Tudo isso também está na Bíblia e Deus não mente nem se contradiz...
Agora vêm os homens tentarem restringir toda a Verdade em prol de seus sistemas de dominação...Para não perdermos mais tempo com essa pedagogia nociva, é melhor que nos demos as mãos e deixemos ao Senhor da Seara e aos Seus Exércitos Celestes a obra de julgar o gênero humano. É vergonhoso, para quem se diz cristão, "bater no peito" para enumerar suas "virtudes". Confessemos os nossos pecados!!! É mais sensato para quem quer se salvar!Um abraço (de verdade!)bartho.anjos@hotmail.com